Shibari é uma prática erótica que consiste no uso de cordas para amarrar o parceiro (a).
A técnica surgiu no Japão como instrumento de tortura para prisioneiros de guerra. A partir do século XX, entretanto, o Shibari se transformou em um movimento com vertentes artísticas, terapêuticas e sexuais.
O que é Shibari?
A palavra Shibari vem do Japão e significa “amarrar” ou “ligar”. Sua origem provém do hojojutsu, uma técnica bastante popular entre os samurais do período feudal.
A técnica tinha, portanto, a função de imobilizar criminosos com o uso de cordas.
Embora tenha semelhanças com o sadomasoquismo, o Shibari vai além do prazer sexual e o que chama mais atenção é o seu lado estético.
Como funciona?
O shibari possui um forte apelo estético devido às texturas das cordas em contato com a pele, e das posições que a técnica pode criar no corpo.
Em entrevista para o site Dicas de Mulher, a fundadora do projeto “Shibari Entre Nós”, Karllana Cavalcante, conta que a grande inspiração da técnica é a sua conexão com a natureza e com o selvagem.
“Uso muitas torções, exploro as possibilidades dos corpos e principalmente essa sensação de acolhimento, a possibilidade de uma comunicação sem palavras só com o corpo e com as cordas”, explica a profissional.
Nesse sentido, o Shibari, como arte, pode ser realizado em shoppings, praças e espaços públicos como um ato político que se comunica de forma estética.
Prática sexual
Como prática sexual, o Shibari é um tipo de fetiche no qual o prazer pode estar no ato de amarrar ou de se deixar amarrar pelo outro.
Nesse sentido, o uso das cordas serve para restringir os movimentos, o que gera sensações únicas na pessoa que é amarrada.
Assim, os adeptos da prática sentem uma forte excitação sexual com o ato de imobilizar outras pessoas, ou mesmo de ter seus movimentos restringidos.
Benefícios do Shibari
O ato de amarrar ou se deixar amarrar por alguém pode gerar sentimentos como vulnerabilidade, confiança, conexão e muito prazer.
Dessa forma, o shibarista pode se expressar de forma artística ou sexual e gozar de diversas sensações no corpo, próprias do universo do shibari. Entre elas estão:
- Apertos;
- Torções;
- Mudanças de temperatura;
- Vibração;
- Pressões;
- Carícias.
Dependendo do intuito da prática, o shibarista também pode entrar em um estado meditativo, em que a mente se esvazia e o corpo consegue vivenciar a experiência de forma mais intensa e plena.
Cuidados
Antes de mais nada, ao dar início ao Shibari, é necessário conhecer os riscos da prática e todos os cuidados que ela exige.
Nesse sentido, o que se recomenda é o uso de cordas de 6 a 8 metros de comprimento, de fibra natural, que reduz o risco de queimaduras em atrito com a pele.
Acima de tudo, a palavra-chave para a prática é a consensualidade. O que exige uma conversa antes do que pode ou não ser feito – e com qual intensidade.
Portanto, a procura por um profissional com experiência na anatomia humana e no Shibari é essencial para evitar acidentes, que vão desde queimaduras com a corda à perda de movimentos em alguma parte do corpo.
A dica, nesse sentido, é a de não se guiar por tutoriais na internet ou por conta própria.
Pelo contrário, é essencial procurar por um profissional especializado antes de começar a prática.
Gostou deste conteúdo? Portanto, leia também:
- Squish: você sabe o que é?
- Como fazer ela gozar? 4 dicas infalíveis
- Como usar algemas no sexo de forma segura?
- Pegging: o que é e dicas para praticar
Fontes:; ; .